quarta-feira, junho 04, 2025

Dólar recua pelo quinto pregão seguido e fecha a R$ 5,9186, no menor valor desde novembro

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Com uma máxima de R$ 5,9251 na reta final da sessão, o dólar à vista encerrou a sexta-feira (24) com queda de 0,12%, cotado a R$ 5,9186. Esse é o menor valor de fechamento desde 27 de novembro.

A moeda americana chegou a ensaiar um fechamento abaixo de R$ 5,90, atingindo a mínima de R$ 5,8679 ao longo do dia. No entanto, perdeu força durante a tarde e voltou a subir na última hora de negociações.

O real foi impulsionado, mais uma vez, pelo enfraquecimento global do dólar, reflexo do tom mais moderado adotado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em relação ao comércio internacional. Esse movimento levou o dólar a registrar sua quinta queda consecutiva no mercado local, acumulando uma desvalorização de 2,42% na semana—o maior recuo semanal desde agosto do ano passado.

Além dos ajustes de mercado e da realização de lucros no intradia, operadores mencionaram certa cautela em relação às propostas do governo brasileiro para conter a alta dos preços dos alimentos, incluindo a possível redução de alíquotas de importação.

Dólar x Real — O Impacto de Donald Trump
Em alguns momentos do pregão, o real figurou entre as moedas emergentes com melhor desempenho, especialmente entre os países exportadores de commodities. No entanto, ao final do dia, sua valorização foi inferior à de outras divisas relevantes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

Variação dos Ativos Financeiros

AtivoÚltima CotaçãoVariação no DiaVariação na Semana
Dólar (USD/BRL)R$ 5,8563-0,008%-2,42%
Euro (EUR/BRL)R$ 6,105+0,12%-1,95%
Ibovespa123.432pts+0,50%+2,10%
Bitcoin (BTC/USD)US$ 42.750+1,75%+5,60%

Com a máxima de R$ 5,9251 na reta final da sessão, o dólar à vista encerrou a sexta-feira (24) em queda de 0,12%, cotado a R$ 5,9186—o menor fechamento desde 27 de novembro, quando a moeda fechou a R$ 5,9135.

Após recuar 2,42% na semana, o dólar acumula uma desvalorização de 4,23% em janeiro frente ao real, que apresenta um dos melhores desempenhos globais no período, atrás apenas do peso colombiano e do rublo russo entre as principais divisas.

“Trump começou de forma mais cautelosa do que o esperado na área econômica, o que surpreendeu o mercado, que apostava em uma postura mais agressiva. O real se beneficiou dessa melhora no apetite ao risco no exterior”, analisa Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos. Ele destaca que a perda do suporte de R$ 6,00 no dólar gerou um movimento de zeragem de posições compradas, o que impulsionou ainda mais a valorização do real ao longo da semana.

Em entrevista à Fox News, Donald Trump afirmou que os EUA possuem um grande poder de negociação com a China por meio da imposição de tarifas de importação, mas que, no momento, sua intenção não é utilizá-lo. Para os analistas, essa postura indica que o presidente norte-americano pretende manter a ameaça de novas tarifas como instrumento estratégico de barganha.

No fim do dia, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) anunciou que realizará uma revisão do atual acordo comercial e econômico com a China, reforçando a incerteza em torno das relações entre as duas potências.